12.5.10

D



E hoje, sem contar, lá o vi de novo no autocarro. E foi uma sorte, pois fiz os 100 metros mais rápido que a Rosa Mota. Cortou o cabelo. Não lhe fica mal mas preferia como estava. Continua com o seu ar misterioso, que lhe é tão característico. E mal o vejo sinto as pernas fraquejarem. Como eu gostava de ter coragem para sentar ao lado dele e contar-lhe tudo o que lhe quero dizer. Tudo o que está engasgado na garganta e a vergonha não deixa sair. Dizer-lhe aquilo que ele não sabe. Dizer-lhe que todas as manhãs a respiração dispara quando os seus olhos cruzam com os meus, dizer-lhe que faço um trajecto diferente só para puder vê-lo por mais uns segundos, dizer-lhe que o que aconteceu não foi com intenção de magoa-lo, dizer-lhe que aquilo que eu lhe disse à tempos não foi bem interpretado por ele, dizer-lhe que ele é um interesse e dizer-lhe que detesto conversas virtuais quando no mundo real ele não me dirige uma palavra. Dizer-lhe que estou a ficar louca com esta história toda.



Era tão mais fácil se pudesses ler isto.

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I lost my love, my life that night