23.1.10

Opiniões


Sim, e confesso aqui que já quis pertencer a estes "grupos", para me encaixar, para não me sentir à deriva, sozinha. Também quis ser uma rapariga requisitada por todos os que se cruzavam por mim na escola. Queria ser "popular". E a verdade é que consegui. Mas quando alcancei os meus 'objectivos fúteis', apercebi-me o quão ridículo é esse mundo das aparências. Sim, é um mundo de APARÊNCIAS.
Aquela saiu com aquele, aquela vestiu aquilo, o António foi para a cama com a Jéssica, o Hélder traiu a Carol, a Vanessa conheceu o Fred, sexta vamos todos nos embebedar até cair para o chão, vamos fumar uns charros para sermos fixes, aquela não tem roupas de marca como nós, vamos a disco K porque é a que está na moda, aqueles andaram à porrada com os X, "Como é que aquela tem AQUILO vestido?? Que Horror!!:O", o Rui atirou-se a amiga da namorada, a Luísa anda com todos, ela é melhor que a outra, entre outras coisas que vocês se podem deparar muitas vezes. CABEÇAS OCAS. Vazias.
Hoje, eu vejo que eles são todos tão iguais entre si, autênticas fotocópias uns dos outros, muitas vezes vivendo como robôs à ordem do chefia. Andam todos com calças iguais, sapatilhas iguais, camisolas iguais. Pensam todos da mesma maneira, dizem todos a mesma coisa. Querem dar nas vistas, mostrar-se, exibir-se.
Eu comecei a afastar-me de muitas pessoas ao descobrir o quão vazias elas são. Afastei-me deste 'mundo'. E ainda bem. A ilusão de nos integrarmos no grupo popular e sermos invejados por todos é pura ficção. Quem lá está integrado luta por manter-se minimamente interessante e disponível aos que convém, nunca está bem. É tudo há base de conveniências e aparências.



À muito que queria dizer isto, não vou mudar ninguém com as minhas palavras, mas, com a experiência que tenho, sugiro honestamente que não tenham vergonha de ser o que são. Qual é a piada de sermos todos iguais?


1 comentário:

I lost my love, my life that night